O
conceito de reabilitação esta relacionado diretamente à QUALIDADE DE VIDA.
Considerando-se a alta incidência do câncer de mama, a grande possibilidade de
uma longa sobrevida e a desestruturação que o diagnóstico e tratamento do
câncer de mama acarretam na vida da mulher, tem ocorrido uma maior demanda para
se investir na qualidade de vida da paciente.
O
câncer de mama é uma das doenças de maior importância atualmente, e segundo
Boff (2001) tornou-se nos últimos anos, um problema de saúde pública mundial.
A
ênfase e o interesse direcionados ao conhecimento das patologias mamárias tem
sido crescentes e diretamente relacionados à alta incidência com que estes
problemas atingem a população feminina.
De acordo com o Instituto
Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2008, estima-se o surgimento de 49.400
novos casos de câncer de mama no Brasil. Isto representa 51 casos para cada
100.000 mulheres.
Para o Estado de Santa
Catarina, o INCA prevê a ocorrência de 1610 novos casos, destes 130 para a
capital Florianópolis (INCA 2008).
O INCA declara que o
câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o primeiro entre as
mulheres, cerca de um milhão de novos casos estimados, e estes ocorrem em sua
maioria nos países desenvolvidos.
Muitos casos podem ser
evitados se o diagnóstico for precoce. Acredita-se que entre os principais
fatores de risco estão os hábitos de vida, fatores genéticos, menarca (primeira
menstruação) precoce e menopausa tardia, fatores da personalidade feminina e/ou
traumas emocionais prévios ao aparecimento do tumor. Fatores hormonais podem
estar associados ao aumento de risco do câncer de mama, a prescrição tanto de
anticoncepcionais orais, como da terapia de reposição hormonal.
História familiar é um
importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um ou mais
parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de
idade.
A detecção precoce é a
principal estratégia para controle do câncer de mama. Segundo as orientações do
Consenso para o Controle do Câncer de Mama, as seguintes ações são recomendadas
para o rastreamento do câncer de mama em mulheres:
“ESTA ROTINA SALVA”
Realização mensal do
auto-exame das mamas, após os vinte anos de idade e sete dias após a
menstruação. Quem já passou pela menopausa deve escolher um dia fixo no mês e
apalpar-se regularmente.
· 1º Passo: Com as mãos na cintura, contraia os músculos do peito e
dos braços, e observar se há alguma zona retraída.
· 2º Passo: Levante o braço direito e, com a mão esquerda, percorra a
mama com movimentos circulares e suaves no sentido horário. Aproveite para
apalpar a axila. Faça o mesmo do outro lado. Você pode fazer isso debaixo do chuveiro
com as mãos ensaboadas, para facilitar o deslizamento dos dedos.
· 3º Passo: Aperte suavemente o bico das mamas para ver se não há
secreção fora do período de gravidez e amamentação.
· 4º Passo: Diante do espelho, nua, verifique se há mudanças no
contorno e no tamanho das mamas, ou qualquer alteração na pele.
Obs: Qualquer alteração procurar o médico imediatamente.
Exame Clínico das Mamas
realizado anualmente, para as todas as mulheres com 40 anos ou mais. O Exame
Clínico das Mamas deve fazer parte, também, do atendimento integral à mulher em
todas as faixas etárias;
Mamografia, para as
mulheres com idade entre 50 a 69 anos, com o intervalo máximo de dois anos
entre os exames;
Exame Clínico das Mamas e
Mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres pertencentes a grupos
populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama.
As mulheres submetidas ao
rastreamento devem ter garantido o acesso aos exames de diagnóstico, ao
tratamento e ao acompanhamento das alterações encontradas.
O Tratamento Clínico
tratamento clínico avança e traz novas e melhores possibilidades a cada ano.
Atualmente as pacientes são tratadas através da radioterapia, quimioterapia ou
hormonioterapia.
O Tratamento Cirúrgico:
Nos últimos 20 anos as
técnicas para o tratamento do câncer de mama sofreram significativas mudanças
com a utilização de técnicas cirúrgicas menos agressivas. No entanto, a mulher
ainda está propensa a desenvolver complicações decorrentes destes procedimentos
cirúrgicos. Estas complicações acarretam uma série de consequências de ordem
física e emocional, principalmente por comprometer áreas relacionadas ao
desempenho de suas atividades da vida diária (AVDs) e de seus papéis sociais.
Portanto
qualquer procedimento, sejam eles cirúrgico, curativo ou paliativo, está
associado ao risco inerente de complicações, que serão os alvos do processo de
reabilitação (prevenção e/ou recuperação).
A fisioterapia precoce
tem como objetivos prevenir complicações, promover adequada recuperação
funcional e, consequentemente, propiciar melhor qualidade de vida às mulheres
submetidas à cirurgia para tratamento de câncer de mama.
O
linfedema é uma complicação comum, séria e incapacitante, do tratamento do
carcinoma mamário. Ele é uma consequência de a uma falha na bomba linfática,
resultante da sobrecarga do sistema linfático, onde o volume da linfa excede a
capacidade de transporte, ocasionada pela remoção dos linfonodos axilares.
Fatores que também podem estar relacionado a formação do linfedema é a
obesidade, o estágio do tumor, as condições patológicas dos linfonodos,
obstrução tumoral, radioterapia da mama e radioterapia da axila.
Os
resultados do tratamento do linfedema com técnicas fisioterapêuticas como
drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo funcional, vestimentas
elásticas, exercícios e orientações de auto-cuidados e automassagem, utilizadas
para o tratamento do linfedema revelam-se como bons, melhores e mais rápidos do
que outros métodos não invasivos para o tratamento do linfedema.
A
drenagem linfática manual é um dos recursos fisioterapêuticos frequentemente
usado na reabilitação do pós-operatório de câncer de mama. Este recurso tem
como objetivo melhorar a absorção e o transporte de líquidos intersticiais, de
uma área em congestão para áreas onde os linfáticos apresentam melhores
condições. Podem ser realizados nos edemas linfáticos ou não, respeitando a
individualidade de cada caso.
A
restauração completa da função é o objetivo principal da reabilitação. Caso não
seja possível, o tratamento será focado na manutenção da capacidade funcional,
ou seja, contribuir para que o paciente tenha uma vida ativa e produtiva. Vale
resaltar que os melhores resultados dependem do bom treinamento e cuidado do
fisioterapeuta e da colaboração do paciente após a fase intensiva de
tratamento.
Nesse
processo a FISIOTERAPIA desenvolve:
Prevenção ou diminuição das
complicações respiratórias,
Prevenir complicações
osteomioarticulares,
Prevenir complicações
circulatórias e evitar a má cicatrização,
Manutenção da força muscular,
Prevenção de linfedema,
Redução de algias (alívio da dor),
Propriocepção local (sensibilidade
da região)
Preparação para o pré e pós
operatório,
Reeducação postural,
Retorno e Manutenção das
Atividades de vida diária.
Número
de sessões e frequência dependeram da avaliação e objetivos do tratamento.
O Coaching é uma espécie
de terapia comportamental, que pode ser adaptada ao organismo físico. É
derivado de muitas pesquisas com comprovações científicas e empíricas. É uma
metodologia utilizada para novas conquistas em diversos contextos de vida. É um
processo facilitador de novas perspectivas e oportunidades resultando num
significativo aumento no nível de satisfação na vida das pessoas.
No processo de
“Self Coaching de Qualidade de Vida” procuramos observar o que as
pessoas saudáveis fazem para se manterem assim, quais pessoas conseguiram
superar o quadro enfermo. Estudamos o processo de saúde e procuramos
enriquecê-lo e adapta-lo ao modelo individual de cada pessoa.
O “Self Coaching de
Qualidade de Vida“é uma metodologia para fazer a diferença na vida das
pessoas e ajudá-las a obter aquilo que elas desejam. E o objetivo é Reestabelecer
O Estado Natural De Boa Saúde!!!
A mensagem principal que
o “Self Coaching de Qualidade de Vida” deseja passar é que “As
pessoas podem influenciar sua saúde física.” A saúde pertence a cada um de nós
para criar cada dia em nossa vida.
Nesse
processo o SELF COACHING desenvolve:
· Refletir, planejar e alcançar os
objetivos!!!
· Verificação de objetivos
· Atitude positiva
· Autoconsciência (paradigma,
modelos mentais)
· Análise das ferramentas pessoais
· Analise de expectativas
· Visão de futuro
· Verificação de recursos pessoais
· Plano de ação
· Ajuste de informações
· Crenças e tudo mais que ajuda ao
coachee (cliente) atingir mais saúde.
Fontes:
FÖLDI,
E., FÖLDI, M, WEISSLEDER, H. Conservative treatment of lynphoedema of the
limbs. Angiol. J. Vasc. Dis., v.36, n.3, p.171
–180, 1990.
GUIRRO, Elaine,GUIRRO,
Rinaldo, Fisioterapia Dermato Funcional, 3ª ed São Paulo, Ed. Manole, 2002.
GUYTON, A.C. Tratado de
Fisiologia Médica. 9 ed., Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2003
LEDUC, Albert: Leduc,
Oliver. Drenagem Linfática Terapia e Prática. 2.ed. São Paulo: Ed Manole 2000.
LUZ
N.D.; LIMA A. C. G. Recursos fisioterapêuticos em linfedema pós-mastectomia:
uma revisão de literatura. Fisioter. mov. (Impr.) vol.24 no.1 Curitiba Jan./Mar. 2011.